quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O Stradivarius alemão

Desde que Peter Greiner passou a fabricar violinos, a máxima de que o som perfeito só pode ser obtido com um Stradivarius não vale mais. Mas nem todos estão satisfeitos. 


Ele é o melhor luthier da Alemanha, provavelmente do mundo. O renomado Festival de Música de Rheingau há pouco o destacou com o seu prêmio para 2003. Mas na lista de integrantes da Federação Alemã de Luthiers procura-se em vão o nome de Peter Greiner. O suábio é acusado de traidor, por derrubar o preço de violinos antigos. Para isso, ele faz em sua oficina, num porão de Bonn, apenas aquilo que se espera de um bom luthier: fabricar excelentes instrumentos novos.


Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Peter GreinerO segredo: conhecimentos científicos aliados a aptidões manuais. Já aos 14 anos o rapaz, hoje com 37, construiu seu primeiro violino – de maneira autodidata. Em paralelo ao aprendizado com um mestre luthier de Bonn, Greiner estudou Musicologia, História da Arte e Fonética na Universidade de Colônia. Foi lá que ele conheceu o físico Heinrich Dünnwald.


Com a ajuda de uma técnica de medição desenvolvida por ele mesmo, Dünnwald havia feito tentativas de investigar o espectro sonoro do violino, quando ainda estava na Escola Técnica Superior de Aachen. Em Greiner ele encontrou o perfeito incentivador e parceiro. Em conjunto eles investigaram mais de mil violinos, entre eles instrumentos de Stradivari e Guarneri. Alguns foram até avaliados com a ajuda de um tomógrafo computadorizado. O resultado: um violino que produz um som considerado agradável aponta para uma característica sonora semelhante à do canto humano.


Urina ajuda a alcançar o som perfeito?


Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Um Stradivarius de 1726Mas como se alcança esse som? Apenas com madeira de árvores derrubadas pouco antes da lua nova, como Guarneri e Stradivari piamente acreditavam? E o verniz precisa mesmo ser misturado com a urina de uma virgem?


A madeira e o verniz são relativamente indiferentes para Peter Greiner. Obviamente também ele segue a tradição e utiliza apenas ácer, pinheiro e ébano nos seus violinos – mas não vai até uma floresta escolher ele mesmo as árvores. O seu próprio verniz, Greiner preparou em conjunto com um químico especializado em produtos naturais. Mas também sem urina de virgens os seus violinos são – externa e sonoramente – difíceis de diferenciar dos de Stradivari e Guarneri. 


Um violino precisa ter adquirido uma qualidade básica antes do envernizamento, afirma Greiner. Essa qualidade básica ele alcança por meio de seu estilo de construção. Ele verificou que, antes de mais nada, a espessura do tampo e do fundo e o grau de arqueamento são decisivos para a sonoridade. A medida milimetricamente exata do arqueamento ele tem na cabeça. “Mas também nas mãos”, diz Greiner. “Na cabeça estaria bem guardado, mas eu não conseguiria aplicar.”


Também por isso Greiner confia em apenas quatro mãos para a construção dos violinos – as suas e as de Dünnwald. Mas quatro mãos não são suficientes para atender à forte demanda, que se criou desde que se espalhou a notícia de que os violinos de Greiner não apenas são comparáveis aos dos velhos mestres como, com preços em torno de 20 mil euros, custam apenas um décimo.


Good times, bad times


Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift:  Fabricação de violinosMaus tempos para negociantes de violinos e especuladores que já guardavam Stradivarius em cofres como investimento. Bons tempos para Greiner e seus clientes. As filarmônicas de Viena e de Berlim estão entre eles, e até mesmo a estrela da música clássica Anne-Sophie Mutter teve de se contentar com um lugar na lista de espera. Os demais artistas da lista devem ter até quatro anos de paciência, já que Greiner dificilmente se contenta com um resultado “menos que perfeito”. “Isso tem algo a ver com o desejo de imortalidade: como Stradivari e Guarneri, eu gostaria de sobreviver através dos meus intrumentos” .

DENSIDADE DA MADEIRA "EXPLICA" SOM DOS VIOLINOS ANTIGOS...

planta_01Washington, 03 Jul (Lusa) - A densidade da madeira dos violinos mais prestigiosos do mundo, criados no século XVII pelos mestres Antonio Stradivari e Guarnieri del Gesu, é a chave do seu som único, segundo um estudo agora publicado.
O especialista holandês Berend Stoel, da Leiden University Medical Center (LUMC), levou a cabo, em colaboração com o luthier norte-americano Terry Borman, una investigação destinada a explicar a diferença de som entre os violinos dos grandes mestres e os violinos modernos.
Para tanto, examinaram cinco violinos antigos e sete modernos num "scanner" clínico do Hospital Monte Sinai de Nova Iorque, utilizado habitualmente para calcular a densidade da membrana pulmonar em pacientes com enfisema.
Os resultados da investigação mostram que "a homogeneidade na densidade da madeira utilizada nos violinos clássicos e o marcado contraste da mesma nos violinos modernos estudados podem explicar a qualidade do som".
Stoel aplicou no estudo dos violinos um programa informático que ele mesmo desenvolveu previamente para calcular a densidade pulmonar em pacientes com enfisema.
Uma vez analisados os violinos, os investigadores descobriram que a densidade da madeira dos antigos, com mais de 300 anos, era mais homogenea do que a dos modernos, algo que pode influir na projeção do som.
"A vibração e a projeção do som de um violino são determinadas pela geometria do instrumento e pelas propriedades da madeira", explicou Stoel.
Segundo o estudo, parte desta razão está no fato de as árvores, hoje, crescerem de forma ligeiramente diferente das do passado.
"As mudanças climáticas - argumentou Stoel - poderiam explicar parte da questão, mas também o tratamento que se dá à madeira no processo de fabrico dos violinos modernos".

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